Dia quatro. Três meses. Uma linha deitada, no quarto dedo, da mão que eu escrevo. A marca o sol tirou. O vinco cedeu com os dias. Dez anos. Não tivemos filhos. No meu corpo só o que sobrou foi essa linha. Talvez já estivesse ali antes disso. Mas verifiquei todos os outros dedos. Àquela altura daquele jeito, só essa linha, do quarto dedo, da mão que eu escrevo. Será que um dia vai sair? Não importa. Talvez voltemos a contar nosso tempo. Mas não quero voltar a marcar, o quarto dedo, da mão que eu escrevo.
quarta-feira, 4 de outubro de 2017
Uma linha
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segunda-feira, 26 de junho de 2017
Ennui
Desenho babadinhos
Um carneirinho
Nuvem
Caderninho de menina
Quase um Bob-esponja
Cartazinho de colégio
Cafona
Muito cafona
Cartolina
Papel crepom
Plissadinho
Uma porção de bundas
Pétalas
Bordadinhos.
Total bore
Boredom
Doom
Bore
Total bore
Boris
Isto é uma vergonha
Vim pra cá
E tem uma floresta lá fora
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domingo, 12 de março de 2017
Ensaio Pasolini - Futebol e Poesia
O futebol "é" uma linguagem com seus poetas e prosadores
Pier Paolo Pasolini
Tradução: Nicole A. Marcello
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Pasolini joga futebol. Foto de Federico Garolla. Fonte: Centro Studi Pier Paolo Pasolini di Casarsa della Delizia |
No debate em curso acerca dos problemas linguísticos que dividem artificialmente literatos de jornalistas e jornalistas de jogadores de futebol, fui entrevistado por um jornalista muito simpático para "O Europeu". Mas as minhas respostas na revista mostraram-se um tanto inconsistentes e fracas (devido às exigências jornalísticas!). Como o assunto me interessa, gostaria de retomá-lo agora com mais calma e com plena consciência daquilo que digo.
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